sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Resenha de Filhos do Éden: Paraíso Perdido

Sinopse:

"No princípio, Deus criou a luz, as galáxias e os seres vivos, partindo em seguida para o eterno descanso. Os arcanjos tomaram o controle do céu, e os sentinelas, um coro inferior de alados, assumiram a província da terra.
Relegados ao paraíso, ordenados a servir, não a governar, os arcanjos invejaram a espécie humana, então Lúcifer, a Estrela da Manhã, convenceu seu irmão — Miguel, o Príncipe dos Anjos — a destruir cada homem e cada mulher no planeta. Os sentinelas se opuseram a eles, foram perseguidos e seu líder, Metatron, arrastado à prisão, para de lá finalmente escapar, agora que o Apocalipse se anuncia. Dos calabouços celestes surgiu o boato de que, enlouquecido, ele traçara um plano secreto, descobrindo um jeito de retomar seu santuário perdido, tornando-se o único e soberano deus sobre o mundo.
Antes da Batalha do Armagedon, antes que o sétimo dia encontre seu fim, dois antigos aliados, Lúcifer e Miguel, atuais adversários, se deparam com uma nova ameaça — uma que já consideravam vencida: a perpétua luta entre o sagrado e o profano, entre os arcanjos e os sentinelas, que novamente, e pela última vez, se baterão pelo domínio da terra, agora e para sempre. "

Eis que chega ao fim uma das melhores sagas de fantasia já lidas por mim e por muitos. Não é exagero nem puxação de saco, Eduardo Spohr é o autor de ficção nacional mais popular da atualidade, sem sombra de dúvida. Seus livros nos transportam para um mundo fantástico e bíblico onde tudo é maravilhoso e perigoso, onde você não sabe de que lado vai ficar, onde até o herói mostra altos sinais de canalhice.

FdE:PP é o fim de uma saga que começou como um spin-off mais simples do épico A Batalha do Apocalipse. O clima era mais terreno, com mais investigações, porém havia ainda presença de gigantes como os arcanjos e logo fomos apresentados ao antagonista que, se mostraria agora, o mais apelão de todos. Existem por aí dezenas de resenhas sobre os primeiros dos livros da série, Herdeiros de Atlântida e Anjos da Morte, então me focarei a partir de agora na resenha sobre o volume final, sem spoilers.

O livro é divido em três partes. A primeira se passa em Asgard, um dos mundos ligados à Terra pelo mítico rio Oceanus (além, é claro, da famosa ponte Bifrost). Nesta parte somos apresentados a personagens conhecidos da mitologia nórdica, tanto pelas lendas quanto pelos filmes do Thor (sic). Confesso que não sou muito fã dos asgardianos, a mitologia grega sempre me foi mais interessante (herança de Cavaleiros do Zodíaco). Porém, adorei esta parte e as aventuras pelas quais os protagonistas passam em terras nórdicas.

A segunda parte se passa na Terra antediluviana. Lendo-a, me senti transportado para ABdA novamente. Ablon andando pelo mundo antigo, lutando contra seres poderosos. Ablon, o general guerreiro, reto, justo, comprometido... Um herói ideal, bem diferente de Denyel. Seus inimigos, os sentinelas remanescentes, são seres extremamente fortes e apelativos, mais deuses que anjos. Quem já leu os livros anteriores imagina que foi Ablon que capturou Metatron. Mas o duelo entre os dois, que ocorre no meio da terceira parte, tem uma batalha nível Dragon Ball Z, além de mudanças consideráveis para os dois.

A terceira é última parte é a conclusão da missão primária de Kaira e seu coro; a derrota total de Metatron. O Primeiro Anjo se mostra um inimigo extremamente forte, tanto que não se sabe como ele pode ser derrotado. Por exemplo, em Senhor dos Anéis, sabemos que Sauron será derrotado quando o Um Anel for destruídos, não importa o quão difícil seja chegar até a Montanha da Perdição. Em Harry Potter, sabemos que Voldemort será derrotado quando destruírem as Horcruxes, não importa o quão difícil seja localizá-las. Mas não sabemos, até o fim, como Metatron será derrotado. Ele não possui ponto fraco aparente, é justo e ao mesmo tempo impiedoso, um vilão para bater de frente em presença e carisma com Darth Vader, ouso arriscar. Há também grandes reviravoltas de caráter de personagens, algo que, pessoalmente me irritou, pois eu era fã de um(a) das personagens. Mesmo assim, o final não perde seu brilho, e a ligação com ABdA torna o final épico. Ainda não sei como Hollywood não comprou os direitos, eles iriam faturar uma nota.

Enfim, essa foi minha humilde resenha sobre essa obra prima. Daria nota 11 em 10. Eduardo, muito obrigado por nos presentear com essa aventura sem igual, não canso de dizer que você me inspirou a seguir com meu sonho de ser escritor e seguir com minha obra. Espero estar um dia em uma sessão de autógrafos sua e lhe presentear com um exemplar de Luz da Lua.

Obrigado.
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